
GANYMEDES
(Thiago Da Mata)
Em súbito labirinto
Em que afloram os sentimentos
Num jogo divino
Onde bailam Eros, Cupido e Psique.
Nesta estrutura confusa
Tento inutilmente o desenrolo
Deste novelo de Teseu.
As idéias que perpassam a razão
Fazem me perder ainda mais
Nesta confusão entendida.
Ganymedes me sinto
Raptado por cruel divino pássaro
Bailando no éter, seqüestrado.
Com pés distantes
Do vil chão donde jamais
Haverá regresso.
Tentado pelas delicias.
Eterno serviçal das divindades.
Em juventude deflorada
Preço da bela face.
Escravo das paixões de outrem.
Prisioneiro por contragosto
Mesmo envolto dos mais
Sublimes deleites
Já tendo bebido do néctar o sabor.
Em t’alma ansioso encontro
Saudoso da rês, do campo.
Do trovejante amado
Mais também amante.
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