Olá Galera! Amigos,conhecidos e futuros amigos!
Este Blog tem por finalidade estabelecer um contato com grandes amigos e pessoas importantes para mim. Nele Postarei um pouco de mim, do meu pensar, dos momentos que ficaram marcados em minha vida e também um pouco do que gosto,textos que acho interessante, paisagens! Encontrei aqui, neste espaço, uma maneira bem legal pra fazer isto e conto com ajuda de vocês para construí-lo. Um Grande Abraço a todos!

quinta-feira, 21 de maio de 2015

SANTA RITA: UMA ROSA NO CANTEIRO ÁLGIDO DO MUNDO


É a vez de falar de Santa Rita de Cássia. Para mim é a maior sofredora entre as mulheres da cristandade onde qualquer testemunha de martírio é algo mínimo perto das penas sofridas por Rita. Isto porque Rita foi ao fundo do poço da existência humana donde dificilmente se consegue sair. Bem, digo estas coisas a partir do meu ponto de vista...das minhas reflexões.
Ela nasceu em plena a Idade Média no ano de 1381. Conforme o seu tempo era comum a educação á forja para ser a típica mulher do lar. Isto é: a mãe de família responsável pela comida da casa, cuidar dos filhos, cozer, zelar pelo ordenamento das coisas e ‘servir’ ao marido quando requisitada. Era uma moça profundamente inclinada à vida monástica. Cogitara até ser uma monja agostiniana. No entanto, obedecera a vontade do pai. Não podia lhe contrariar. Mulher naquela época era posta em desvantagem ao homem tendo que lhe obedecer sempre, sob as ameaças dos julgamentos da sociedade, da Igreja e castigos do pai ou esposo.
Era uma moça extremamente dócil, inclinada à caridade, à virtude e oração. Gostava de ajudar as religiosas. Obedecendo a vontade do pai, acabou por se apaixonar por um homem, Paulo, que conforme os costumes da época tinha incorporado o arquétipo do "macho alfa", do guerreiro, da força e do machismo. Mas existia entre eles amor. A paixão era verdadeira e mútua: Consolidou-se assim o matrimônio feliz de ambos. Desta bonita relação nasceram dois filhos gêmeos do sexo masculino que herdaram todo o espírito de "machão" do pai.
Até aqui tudo bem... a coisa começou a pegar quando por rixas familiares existentes na família do marido se intensificaram fazendo com que Paulo não tivesse outra coisa no coração senão o desejo de vingança e ódio. Mostrara então à esposa seu temperamento violento legando-lhe agressões de todo tipo. Rita sofria com isso tudo, pois era mulher totalmente educada na boa doutrina evangélica que pregava a paz, o perdão e o amor. Temia que a alma de seu marido se perdesse ao se consumir de tanto ódio. Rita então iniciou uma cruzada de oração pela situação. Pouco antes de se converter, Paulo foi encontrado morto à beira do caminho num ato partido da outra família envolvida nas intrigas. Os dois filhos de Rita em plena a infância juraram a "vendeta" em honra do nome do pai. Rita, sofrendo a ausência do marido na situação de viuvez com duas crianças que queriam aprender a lutar para matar pessoas sofria ainda mais.
Na oração sincera a Deus que sempre praticava, desejosa de agradá-Lo e num ato de amor aos filhos pedira a Deus que lhe levasse os filhos mas que não os deixasse executar a vingança. Aparentemente (e com os olhos de hoje) julgaríamos Rita por não amar aos filhos. Mas a atitude dela foi um ato de amor. A vida do outro é sagrada e homem nenhum tem direito de tirá-la. Surgiu então uma misteriosa doença que ceifou a vida de seus dois filhos. Imaginem a dor desta perda... Dois filhos de uma única vez... Com a dor recente da perca do marido...
Assim Rita desce ao fundo do poço da existência humana preenchendo este poço com as lágrimas de mãe e esposa que reclama a falta do marido e filhos. Experimenta a condição de viúva numa sociedade onde impera o preconceito e desigualdade. Experimenta este sofrimento, como a noite escura joanina, sentia a ausência de Deus. O Deus que lhe era fonte de alegria e devoção parecia ter lhe virado as costas... Encontrando forças após assimilar a dura situação fora pedir ingresso na ordem de Santo Agostinho e foi recusada. Todas as portas da vida lhe foram fechada...
Mas a vontade do Sagrado sempre prevalece. Ele nos surpreende e atende. Tal como o salmista Rita podia dizer: “Na minha angústia invoquei o Senhor, sim, clamei ao meu Deus; do seu templo ouviu ele a minha voz; o clamor que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos.” (Salmos 18). Pois... Numa noite, em profunda oração e atitude de confiança, ela invocou seus santos de devoção que lhe apareceram e a conduziram por um caminho. No amanhecer foi encontrada no claustro das monjas de Santo Agostinho. As freiras interpretaram o fato como um sinal divino, pois não haveria hipótese alguma de Rita ter adentrado no monastério de altos muros trancados por rigorosíssima fechadura. Consentiram então a permanência de Rita no lugar.
No monastério ela levava uma vida de rigorosa oração e duras penitências. Ficava horas ajoelhada em oração com cilícios mais do que apertados na cintura chegando a desmaiar várias vezes. Se flagelava como um gesto de desprezo ao corpo em detrimento do espírito vigilante e fortificado.
Foi lhe dada uma vara de videira já seca para ser plantada. Mesmo com o consentimento das partes que a vara estava sem vida, Rita plantou em nome do voto de obediência. Milagrosamente esta vara brotou e permanece até hoje no Monastério onde viveu.

Rita de Cássia sentia a saudade do Sagrado que conhecera de forma bela na juventude e que se manifestara também na vida de família que tivera. Queria se unir a Ele o tempo todo. Devotada à paixão de Cristo, o Esposo Celestial, quis assimilá-la à seu martírio. Foi quando em uma ocasião de oração ante ao crucifixo, num momento de êxtase, pendeu-lhe um espinho da coroa de Cristo e lhe chagou a fronte causando-lhe uma terrível ferida. Com o tempo veio-lhe a doença que perdurou até o fim de sua vida. E ainda assim era paciente e fiel às praticas cristãs da oração e sacrifício. Pouco antes de morrer, em plena a neve que caía rigorosamente em Cássia, pedira a uma parenta que lhe trouxesse uma rosa que brotara perto de sua casa. Mesmo sem muita fé, a parenta foi, e para a surpresa de todos trouxe a rosa que seria impossível nascer sobre a neve. Rita deixa este mundo em 1457.

Assim consolida-se sua vida.
O impossível acontece quando não temos mais forças, mas ainda fumega uma chama interior no intimo da gente. O impossível acontece nos momentos de extremo sofrimento, quando a esperança está perdida e apenas ao Céu se pode recorrer. Assim Rita do Impossível é a mulher que faz a gente encontrar esperança onde não há mais solução. É a mulher da cruz que consegue transcender o sofrimento galgando a ressurreição com o Cristo. É a mulher que experimenta Deus e se torna melancólica sem perder o espírito de sentinela, aguardando a hora da chegada do Noivo. Sua vida prova que em meio ao gélido deste mundo é possível desafiar as leis postas e surgir como Rosa exalando perfume e beleza. Tornando possível o que era impossível.

Por estas e outras invoquemos Santa Rita!
Thiago Felipe 



sábado, 9 de maio de 2015

PENSAR O OUTRO À PARTIR DE MIM


Se atrasas, eles param;
Se hesitas, eles recuam;
Se te arrastas, eles sucumbem;
Se desanimas, eles desmaiam;
Se te assentas, eles se deitam;
Se te irritas, eles explodem;
Se criticas, eles condenam;
Se te queixas,eles se revoltam;
Mas,
Se tu rezas (oras), eles se santificam;
Se prestas serviços, eles se enriquecem;
Se te sacrificas, eles se robustecem;
Se tu sorris, eles se alegram;
Se choras com eles, eles se consolam;
Se tens paciência, eles se acalmam;
Se tu os amas, eles revivem;
Se cooperas com Deus,Tu salvas o mundo!
(Autor desconhecido)


(***Imagem retirada da internet)

PADRE EZEQUIEL RAMIN

“Quero dizer só uma coisa, uma coisa especial para aqueles que tem sensibilidade para as coisas bonitas. Tenham um sonho. Tenham um sonho bonito. Procurem somente um sonho. Um sonho para a vida toda. Uma vida que sonha é alegre. Uma vida que procura seu sonho renova-se dia após dia. Seja um sonho que procure alegrar Não somente todas as pessoas, mas também seus descendentes. É bonito sonhar de tornar feliz a humanidade toda. Não é impossível…”

* Ezequiel Ramin





* Religioso assassinado em 1985 por defender os diretos da terra aos lavradores no norte do Brasil.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

SÃO JORGE E OGUM SOBRE A ÉGIDE DO SIMBÓLICO

São Jorge é o símbolo do Sagrado que luta ao lado de seu povo. É o mártir que sustenta a Fé e guerreia contra o mal triunfando com o Bem sobre ele. Na Bahia e no Rio de Janeiro sua figura está associada bem além do homem da Capadócia que foi mártir nos primeiros séculos da era comum. Nele são identificados os orixás africanos. Na Bahia é ligado a Oxóssi e no Rio de Janeiro com Ogum no que usamos chamar de sincretismo religioso. Todo mundo sabe (e sabe bem!) que Jorge não é orixá, e nem orixá é Jorge cristão. O que está em jogo aqui é a força do Simbólico que ultrapassa toda racionalidade ou lógica tal como as conhecemos. Na figura de Jorge e dos orixás em questão estão implícitos o arquétipo do guerreiro e da força que podemos reconhecer facilmente em ambos. O Guerreiro é quem guarda, protege e livra do mal. É o aliado na luta cotidiana sempre a superar a maldade existente no caminho. Pois é este o aspecto pelo qual é dado a entender o sincretismo entre deus africano e santo católico. No mais as épocas distintas, a raça, a crença e outras peculiaridades distinguem o guerreiro cristão ou orixá entre si e de qualquer outra personalidade sagrada. De todo modo, hoje, para entender "Jorge" e "Ogum" ou "Oxossi" nesta identificação, vale lembrar duas coisas: o sincretismo necessário dado a intolerância religiosa das épocas passadas (e atualmente também) e a força do simbólico capaz de unificar tudo isso em prol de uma cultura de tolerância e paz.
Particularmente, a coisa é diferente e legítima por direito: No cristianismo Jorge terá seu oficio solene com toda reverência digna dos santos mártires e Ogum/Oxossi terá sua festa com toda dança e comida com a presença da própria divindade no lugar onde for chamado festivamente (Umbanda ou Candomblé).
Salve Jorge! Guerreiro da paz! Amigo na luta contra o mal!Ajudai-nos a vencer as perseguições da vida, auxiliai os cristãos perseguidos no Oriente! Rogai por todos nós a Deus Uno.
Salve Ogum e Oxossi forças da natureza a proteger os filhos e filhas dos povos de terreiro! Força suprema que irradia a coragem e dá força para vencer os dragões diários! Okê arô! Ogunhê!
Amém! Axé!



Thiago Felipe